Princípios da campanha a reitor: Impessoalidade, Regulamentação, Transparência e Descentralização.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Diretrizes do novo modelo de gestão

Assunto: A universidade que queremos – Parte 1
Caros leitores
O novo modelo que se propõe para a nossa universidade é um verdadeiro choque de gestão, cuja base está na aplicação de conceitos e práticas consolidadas de gestão, assim como na percepção do estado atual da nossa instituição.
Caso eu tenha a honra de me tornar o Reitor de nossa instituição adianto alguns dos pontos que deverão ser detalhados na plataforma que entregarei quando da oficialização da minha candidatura:
1) Logo no início do próximo mandato será feito um criterioso diagnóstico, um “raio x” da instituição de tal forma a levantar informações da situação atual da universidade, isto é, qual o estado dos vários projetos em andamento ou paralisados, eventuais dificuldades e necessidades de intervenção;
2) Parte do levantamento acima, além das informações que já se tem, exigirá um esforço coletivo dos vários conselhos da universidade com vista a regulamentação de muitos dos nossos orgãos e, em especial, o campus de Itabira;
3) A tônica da próxima administração será um modelo de gestão descentralizada. A Reitoria será “enxugada” em muito dos órgãos que hoje estão ligados diretamente a ela, os quais serão repassados para pró-reitorias e institutos. Serão mantidos na reitoria apenas os órgãos absolutamente necessários ao seu funcionamento. Tal postura contribuirá para processos decisórios mais rápidos e eficientes do que se tem atualmente;
4)  Dada a importância da pesquisa, além de estar afeta tanto a pós-graduação quanto a graduação, ela será desvinculada da Pró-Reitoria de Pós-graduação. Para tanto, deverá ser criada uma Pró-reitoria de Pesquisa, estando a ela atrelados órgãos e funções afetos à pesquisa e à inovação que estão atualmente subordinados diretamente à Reitoria;
5) A Secretaria de Planejamento e Qualidade (SPQ) estará subordinada à Pró-reitoria de Administração, a qual será reestruturada para ser um dos pontos de maior relevância no novo modelo de gestão;
6) Dado o fato de que a tendência é que se tenha demandas crescentes de natureza jurídica é fundamental que se disponibilize estrutura e recursos, sejam humanos ou materiais para que a Procuradoria possa se desincumbir de suas tarefas com a esperada rapidez;
7) Outra área que carece de urgentes esforços de natureza gerencial é a governança, como por exemplo em TI e na Prefeitura do Campus de Itajubá. Aliás, tenho especial interesse em entender como a governança é praticada em Itabira, dado o fato de que seu campus ainda está em fase inicial de construção. Enfim, deverão ser disponibilizados recursos tanto humanos quanto material para que essas importantes áreas possam se desincumbir de maneira adequada de suas atividades;
8) Reatar conversações com a CEMIG para que a Usina Luiz Dias possa voltar a atender as necessidades de ensino e pesquisa da UNIFEI;
9) Retomar esforços para aquisição de terreno para expansão regional na cidade de Pedralva;
10) Urbanização, drenagem, pavimentação e limpeza;
11) Investir no complexo poliesportivo em melhoria e expansão, além de incluir projeto de piscina olímpica ou semi-olímpica aquecida;
12) Há inúmeros projetos em diferentes estágios de desenvolvimento que são muito importantes para a nossa universidade e que não devem ser descontinuados, muito pelo contrário, devem ser apoiados para que possam estar aptos a trazer os benefícios esperados com a brevidade possível. Alguns deles são:
a. Consolidação do campus de Itabira e integração com o campus de Itajubá;
b. Centro de Tecnologia de Helicópteros (CTH);
c. Parque Científico e Tecnológico de Itajubá (PCTI);
d. Parcerias tecnológicas e culturais na Rota Tecnológica 459;
e. Centro de pesquisas e de testes para equipamentos elétricos de alta tensão.
Por fim, vale acrescentar que a próxima Reitoria deverá submeter ao CONSUNI as propostas que impliquem em mudança do organograma no que tange à criação ou extinção de órgãos que - nunca é de mais salientar - é atribuição única do conselho máximo da universidade. Em futuras postagens as propostas acima e outras mais serão detalhadas e aprimoradas mediante as conversas que venho tendo com a nossa comunidade acadêmica.
Obrigado pela atenção e até a próxima.

5 comentários:

Bartolomeu Guimaraes disse...

Prezado Dagoberto

Nesse contexto talvez seja muito interessante uma Pro-Reitoria de Ensino que congregue graduacao e pos graduacao (Stricto Sensu e Lato Senso). Assim, demandas deixariam de ser conflitantes, planos e indicadores seriam integrados, recursos materiais e humanos seriam melhor aproveitados. Inclusive, levando em consideracao as atividades exercidas hoje pela assessoria de cooperacao internacional, acredito que ela deveria estar vinculada a essa pro-reitoria,

andersonluiz.mobile disse...

Prof. Dagoberto, bom dia.

Gostaria de saber um pouco sobre a estrutura do Departamento de Suporte a Informática em sua gestão.

No meu entendimento o Departamento de Suporte a Informática deveria ter seu nome imediatamente alterado. Pois numa organização moderna, o termo "suporte a informática" remete a uma proposta de um modelo absolutamente ultrapassado. Sugiro para seu projeto de governo, que o novo nome incorpore o termo tecnologia da informação.

Ainda acrescendo, que por uma questão estratégica, o DSI mantenha-se vinculado diretamente a Reitoria. Esta minha alegação, baseia em fatos históricos em outras organizações, onde a TI somente conseguiu emplacar projetos estratégicos para organização, a partir do momento que se vinculou diretamente a alta gestão. Caso contrário, corre-se o risco de manter-se suporte técnico. Quanto a isto, como em conversas anteriores, o próprio TCU tem direcionamentos.

Já que em seu post foi comentado sobre Governança da Prefeitura do Campus Universitário, ressalto a necessidade urgente (também) de se implantar a Governança de TI, que segundo o Ministro-Substituto Augusto Cavalcanti, do Tribunal de Contas da União: "Se a administração não tiver uma boa governança de ti terá seu funcionamento comprometido, gerando poucos ou nenhum benefício para a sociedade", e no acórdão 2.308/2010, o Ministro Aroldo Cedraz, é enfático ao ressaltar o que o outras organizações já fazem, que é a necessidade de estabelecer políticas, normas, métodos e procedimentos destinados a permitir à alta administração e aos executivos o planejamento, a direção e o controle da utilização atual e futura da TI, de modo a assegurar, a um nível aceitável de risco, eficiente utilização de recursos, apoio aos processos da organização e alinhamento estratégico com os objetivos, no caso, da UNIFEI.

Professor Dagoberto disse...

Olá Guimaraes

A combinação entre graduação e pós-graduação esbarra em uma questão muito relevante que é o fato de que a pós-graduação é bem menor que a graduação. Me preocupa a possibilidade de que ambas subordinadas em uma única pró-reitoria acabe por demandar a maior parcela das atividades para a graduação em detrimento da pós. È claro que, sendo esta uma das ideias acerca da necessária reformulação organizacional de nossa instituição deverei debater também essa questão com nossa comunidade.

Professor Dagoberto disse...

Olá Anderson

Seguramente, universidades de referência têm uma característica comum: impecável estrutura de TI. Deverei estar conversando essa questão com a nossa comunidade no sentido de averiguar quais as possibilidades de efetivamente investirmos em recursos, humanos e materiais, capazes de prover a qualidade de serviços de TI que tanto almejamos e precisamos. Quanto a estar atrelado a Reitoria essa é uma questão que, a princípio não me agrada visto que entendo que a Reitoria deve ser racionalizada na enormidade de funções e órgãos a ela atreladas... Obviamente, como sempre, me reservo o direito de mudar de ideia mediante solida argumentação. É claro que o setor de TI não estará afeto a um instituto em particular ou mesmo a Pró-reitoria... Seja qual for a solução que encontremos a área de TI estará posicionada no organograma em seu próprio mérito. Tenho algumas ideias, mas preciso conversar com meus colegas do DSI e do ISEE, IESTI para saber quais as sugestões que poderemos ter para aparelhar adequadamente nossa insituição em TI. Obrigado pela participação.

Bartolomeu Guimaraes disse...

Hoje sua preocupacao tem sentido. Sem uma politica clara para o ensino, prevalece a vontade do maior ou mais forte.
Precisamos de metas claras para graduacao e pos-graduacao. Tem que ser possivel a associacao de indicadores a essas metas, para sabermos se vamos na direcao de cumpri-las.
Com uma politica coerente, basta escolhermos a estrutura que atrapalhe menos a rotina.

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