Assunto: A universidade que queremos – Parte
1
Caros
leitores
O novo
modelo que se propõe para a nossa universidade é um verdadeiro choque
de gestão, cuja base está na aplicação de conceitos e práticas consolidadas de
gestão, assim como na percepção do estado atual da nossa instituição.
Caso eu
tenha a honra de me tornar o Reitor de nossa instituição adianto alguns dos
pontos que deverão ser detalhados na plataforma que entregarei quando da
oficialização da minha candidatura:
1) Logo
no início do próximo mandato será feito um criterioso diagnóstico, um “raio x”
da instituição de tal forma a levantar informações da situação atual da
universidade, isto é, qual o estado dos vários projetos em andamento ou
paralisados, eventuais dificuldades e necessidades de intervenção;
2) Parte
do levantamento acima, além das informações que já se tem, exigirá um esforço
coletivo dos vários conselhos da universidade com vista a regulamentação de
muitos dos nossos orgãos e, em especial, o campus de Itabira;
3) A
tônica da próxima administração será um modelo de gestão
descentralizada. A Reitoria será “enxugada” em muito dos órgãos que
hoje estão ligados diretamente a ela, os quais serão repassados para
pró-reitorias e institutos. Serão mantidos na reitoria apenas
os órgãos absolutamente necessários ao seu funcionamento. Tal postura
contribuirá para processos decisórios mais rápidos e eficientes do que se tem
atualmente;
4) Dada
a importância da pesquisa, além de estar afeta tanto a pós-graduação quanto a
graduação, ela será desvinculada da Pró-Reitoria de Pós-graduação. Para tanto,
deverá ser criada uma Pró-reitoria de Pesquisa, estando a ela
atrelados órgãos e funções afetos à pesquisa e à inovação que estão
atualmente subordinados diretamente à Reitoria;
5) A
Secretaria de Planejamento e Qualidade (SPQ) estará subordinada à Pró-reitoria
de Administração, a qual será reestruturada para ser um dos pontos de maior
relevância no novo modelo de gestão;
6) Dado
o fato de que a tendência é que se tenha demandas crescentes de natureza
jurídica é fundamental que se disponibilize estrutura e recursos, sejam
humanos ou materiais para que a Procuradoria possa se desincumbir de suas
tarefas com a esperada rapidez;
7) Outra
área que carece de urgentes esforços de natureza gerencial é a governança, como
por exemplo em TI e na Prefeitura do Campus de Itajubá. Aliás, tenho especial
interesse em entender como a governança é praticada em Itabira, dado o fato de
que seu campus ainda está em fase inicial de construção. Enfim, deverão ser
disponibilizados recursos tanto humanos quanto material para que essas
importantes áreas possam se desincumbir de maneira adequada de suas
atividades;
8) Reatar
conversações com a CEMIG para que a Usina Luiz Dias possa voltar a atender as
necessidades de ensino e pesquisa da UNIFEI;
9)
Retomar esforços para aquisição de terreno para expansão regional na cidade de
Pedralva;
10)
Urbanização, drenagem, pavimentação e limpeza;
11)
Investir no complexo poliesportivo em melhoria e expansão, além de incluir
projeto de piscina olímpica ou semi-olímpica aquecida;
12) Há
inúmeros projetos em diferentes estágios de desenvolvimento que são muito
importantes para a nossa universidade e que não devem ser descontinuados, muito
pelo contrário, devem ser apoiados para que possam estar aptos a trazer os
benefícios esperados com a brevidade possível. Alguns deles são:
a. Consolidação
do campus de Itabira e integração com o campus de Itajubá;
b. Centro
de Tecnologia de Helicópteros (CTH);
c. Parque
Científico e Tecnológico de Itajubá (PCTI);
d. Parcerias
tecnológicas e culturais na Rota Tecnológica
459;
e. Centro
de pesquisas e de testes para equipamentos elétricos de alta tensão.
Por
fim, vale acrescentar que a próxima Reitoria deverá submeter ao CONSUNI as
propostas que impliquem em mudança do organograma no que tange à criação ou
extinção de órgãos que - nunca é de mais salientar - é atribuição
única do conselho máximo da universidade. Em futuras postagens as propostas
acima e outras mais serão detalhadas e aprimoradas mediante as conversas que
venho tendo com a nossa comunidade acadêmica.
Obrigado
pela atenção e até a próxima.
5 comentários:
Prezado Dagoberto
Nesse contexto talvez seja muito interessante uma Pro-Reitoria de Ensino que congregue graduacao e pos graduacao (Stricto Sensu e Lato Senso). Assim, demandas deixariam de ser conflitantes, planos e indicadores seriam integrados, recursos materiais e humanos seriam melhor aproveitados. Inclusive, levando em consideracao as atividades exercidas hoje pela assessoria de cooperacao internacional, acredito que ela deveria estar vinculada a essa pro-reitoria,
Prof. Dagoberto, bom dia.
Gostaria de saber um pouco sobre a estrutura do Departamento de Suporte a Informática em sua gestão.
No meu entendimento o Departamento de Suporte a Informática deveria ter seu nome imediatamente alterado. Pois numa organização moderna, o termo "suporte a informática" remete a uma proposta de um modelo absolutamente ultrapassado. Sugiro para seu projeto de governo, que o novo nome incorpore o termo tecnologia da informação.
Ainda acrescendo, que por uma questão estratégica, o DSI mantenha-se vinculado diretamente a Reitoria. Esta minha alegação, baseia em fatos históricos em outras organizações, onde a TI somente conseguiu emplacar projetos estratégicos para organização, a partir do momento que se vinculou diretamente a alta gestão. Caso contrário, corre-se o risco de manter-se suporte técnico. Quanto a isto, como em conversas anteriores, o próprio TCU tem direcionamentos.
Já que em seu post foi comentado sobre Governança da Prefeitura do Campus Universitário, ressalto a necessidade urgente (também) de se implantar a Governança de TI, que segundo o Ministro-Substituto Augusto Cavalcanti, do Tribunal de Contas da União: "Se a administração não tiver uma boa governança de ti terá seu funcionamento comprometido, gerando poucos ou nenhum benefício para a sociedade", e no acórdão 2.308/2010, o Ministro Aroldo Cedraz, é enfático ao ressaltar o que o outras organizações já fazem, que é a necessidade de estabelecer políticas, normas, métodos e procedimentos destinados a permitir à alta administração e aos executivos o planejamento, a direção e o controle da utilização atual e futura da TI, de modo a assegurar, a um nível aceitável de risco, eficiente utilização de recursos, apoio aos processos da organização e alinhamento estratégico com os objetivos, no caso, da UNIFEI.
Olá Guimaraes
A combinação entre graduação e pós-graduação esbarra em uma questão muito relevante que é o fato de que a pós-graduação é bem menor que a graduação. Me preocupa a possibilidade de que ambas subordinadas em uma única pró-reitoria acabe por demandar a maior parcela das atividades para a graduação em detrimento da pós. È claro que, sendo esta uma das ideias acerca da necessária reformulação organizacional de nossa instituição deverei debater também essa questão com nossa comunidade.
Olá Anderson
Seguramente, universidades de referência têm uma característica comum: impecável estrutura de TI. Deverei estar conversando essa questão com a nossa comunidade no sentido de averiguar quais as possibilidades de efetivamente investirmos em recursos, humanos e materiais, capazes de prover a qualidade de serviços de TI que tanto almejamos e precisamos. Quanto a estar atrelado a Reitoria essa é uma questão que, a princípio não me agrada visto que entendo que a Reitoria deve ser racionalizada na enormidade de funções e órgãos a ela atreladas... Obviamente, como sempre, me reservo o direito de mudar de ideia mediante solida argumentação. É claro que o setor de TI não estará afeto a um instituto em particular ou mesmo a Pró-reitoria... Seja qual for a solução que encontremos a área de TI estará posicionada no organograma em seu próprio mérito. Tenho algumas ideias, mas preciso conversar com meus colegas do DSI e do ISEE, IESTI para saber quais as sugestões que poderemos ter para aparelhar adequadamente nossa insituição em TI. Obrigado pela participação.
Hoje sua preocupacao tem sentido. Sem uma politica clara para o ensino, prevalece a vontade do maior ou mais forte.
Precisamos de metas claras para graduacao e pos-graduacao. Tem que ser possivel a associacao de indicadores a essas metas, para sabermos se vamos na direcao de cumpri-las.
Com uma politica coerente, basta escolhermos a estrutura que atrapalhe menos a rotina.
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